gerenciando risco nas finanças pessoais

GERENCIANDO RISCOS NAS FINANÇAS PESSOAIS – Ciclo de Vida Financeiro Individual

 

O conceito de gerenciamento de riscos nas finanças pessoais é relativamente novo. Ainda que essa prática esteja largamente difundida nas empresas, ainda é raro identificarmos indivíduos que apliquem estes conceitos às suas finanças pessoais.

 

O principal objetivo dessa prática é analisar a situação patrimonial de cada indivíduo e identificar os possíveis riscos aos quais está submetido e que podem impedi-lo de concretizar seus sonhos e atingir seus objetivos, sejam eles de curto, médio ou longo prazo.

 

Para entender melhor os riscos que afetam as finanças pessoais, é importante conhecer o conceito de CICLO DE VIDA FINANCEIRO INDIVIDUAL, que é percorrido por todo indivíduo economicamente ativo e pode ser resumido em 5 etapas:

 

Etapa 1: Geração de Patrimônio

 

É a fase em que se começa a gerar caixa pelo recebimento de salários, dividendos, aluguéis ou heranças. Inicia-se, em geral, junto com o início da vida profissional do indivíduo.

 

Boas práticas: poupar parte da renda para o futuro;  iniciar planejamento financeiro futuro a partir do recebimento dos primeiros rendimentos; diversificar as fontes de renda quando possível

 

Etapa 2: Acumulação de Patrimônio

 

Fase em que se busca investir o capital acumulado focando sempre no seu crescimento e geração de renda adicional.

 

Boas práticas: manter liquidez do equivalente a 6 meses de gastos mensais; poupar para fins específicos no curto, médio e longo prazo; avaliar com cuidado o balanço entre liquidez, rentabilidade e risco; diversificar os produtos de investimentos; alinhar estratégias de investimento com objetivos de longo prazo

 

Etapa 3: Proteção de Patrimônio

 

É quando se inicia, por meio da mitigação de riscos, o processo de proteção do capital acumulado para sedimentar as conquistas obtidas.

 

Boas práticas: diversificar as jurisdições de investimento; buscar proteções pessoais, de saúde, incapacidade e societárias (se aplicável)

 

Etapa 4: Consumo de Patrimônio

 

É quando se finaliza a geração de renda (por aposentadoria ou opção pessoal) e inicia-se o consumo do capital acumulado ao longo da fase economicamente ativa.

 

Boas práticas: reforçar o planejamento financeiro para que não haja risco do patrimônio se exaurir; manter seguros vigentes para eliminar risco de perda de patrimônio; reduzir a exposição a investimentos financeiros de risco mais elevado

 

Etapa 5: Sucessão

 

É o planejamento da passagem do patrimônio para as próximas gerações.

 

Boas práticas: minimizar impostos de sucessão; gerar liquidez em vida sem prejuízo ao capital reservado aos herdeiros; criar compensações e balanceamentos entre herdeiros

 

Durante cada uma dessas etapas existem riscos associados, mas os mais importantes estão ligados aos investimentos financeiros, a subsistência familiar, ao acesso à tratamentos médicos e ao planejamento de sucessão, os quais serão analisados em mais detalhes no próximo artigo.

 

Se quiser trocar algumas ideias sobre esses conceitos ou esclarecer quaisquer dúvidas, fiquem à vontade para nos escrever ou ligar.

 

Abraço,

 

Thiago David